Quem responsabilizar? Casos de violência letal e racismo em espaços comerciais no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14244/rechu.v2i2.32

Palavras-chave:

caso Carrefour, violência, letalidade, segurança privada, racismo estrutural

Resumo

Às vésperas do Dia da Consciência Negra no Brasil em 2020, o país foi abalado pelo brutal assassinato de João Alberto Freitas, um homem negro espancado até a morte por funcionários de segurança de um hipermercado situado em Porto Alegre (RS). Mas se o caso instaurou imediatamente um debate e indignação sobre o racismo estrutural e institucional no país, ele também tornou públicas as disputas sobre onde situar, como localizar e responsabilizar os envolvidos no crime. Neste texto, acompanhamos as repercussões midiáticas sobre o caso, o embate a respeito do conceito de racismo estrutural que gerou e as diferentes decisões judiciais que afetaram os envolvidos. Demonstramos que enquanto o grupo profissional dos seguranças privados, e mesmo a própria vítima, foram simbolicamente penalizados e moralmente questionados, as empresas e a corporação envolvidas emergiram publicamente como exemplos de combate ao racismo, com medidas reparadoras. No final, percebemos que tais decisões contribuem para o esquecimento social destes casos, até que outro episódio surja e se faça novamente a pergunta: Quem, e como, responsabilizar?

Biografia do Autor

Susana Soares Branco Durão, Universidade Estadual de Campinas

Livre-docente em Antropologia Social na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Durão coordena projetos nas áreas da segurança pública/privada, governanças e policiamentos plurais, organizações e trabalho. É associada ao Núcleo de Estudos em Políticas Públicas (NEPP/Unicamp) e coordena no Brasil o projeto ‘Police Unions in the Global South and Democractic Security’, da Universidade de Toronto. 

Paola Argentin, Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em Ciências Sociais e mestre em Antropologia Social pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/ Unicamp). Desenvolve o projeto intitulado ‘Campinas martirizada: uma genealogia das cidades violentas’, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (2021/05741-5). É assistente de pesquisa no projeto ‘Police Unions in the Global South and Democratic Security’, da Universidade de Toronto, e associada ao Núcleo de Estudos em Políticas Públicas (NEPP/Unicamp).

 

Gabriel Vituri, Universidade Estadual de Campinas

Doutorando em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/Unicamp) e mestre em Divulgação Científica e Cultural (Labjor/Unicamp). Desenvolve o projeto ‘Fazendo a segurança: uma análise sobre as políticas de identidade profissional entre os vigilantes patrimoniais’. É assistente de pesquisa no projeto ‘Police Unions in the Global South and Democratic Security’, da Universidade de Toronto, e associado ao Núcleo de Estudos em Políticas Públicas (NEPP/Unicamp).



 

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Publicado

29-12-2024

Como Citar

Durão, S. S. B., Argentin, P., & Vituri, G. (2024). Quem responsabilizar? Casos de violência letal e racismo em espaços comerciais no Brasil. Revista Estudos Da Condição Humana, 2(2). https://doi.org/10.14244/rechu.v2i2.32