Produção comunicativa das mulheres: um legado ainda pouco conhecido
DOI:
https://doi.org/10.14244/rechu.v1i1.9Palavras-chave:
mulheres, comunicação, Pensamento Comunicacional Latino-Americano (PCLA), história, América LatinaResumo
Há uma consonância entre as/os estudiosas/os a respeito da escassez de fontes bibliográficas e de referências teórico-conceituais produzidas por mulheres, ou mesmo que examinem a sua produção e/ou que tenham elas como foco (sujeitas) de estudos, na área da comunicação. Assim, através de pesquisa bibliográfica e documental, utilizando conceitos da transmetodologia de Alberto Efendy Maldonado (2013) e da análise histórica (historiografia social), categorizada por “espaço de experiência” e “horizontes de expectativas”, de Reinhart Koselleck (2006), este artigo apresenta parte das sistematizações realizadas em uma pesquisa mais ampla, com apoio da Fapesp e do CNPq. Os resultados contribuem para o conhecimento dessa produção, objetivando (re)desenhar e (re)configurar o mapa cognitivo dos estudos comunicativos.
Referências
ALVES, Lidiane da Conceição. Reivindicando o território epistêmico: mulheres negras, indígenas e quilombolas interpelando a antropologia. Revista Humanidades e Inovação, [S. l.], v. 6, n. 16, p. 82-94, 2019.
CORDEIRO, Cecília Siqueira. Historiografia e história da historiografia: alguns apontamentos. In: XXVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA: LUGARES DOS HISTORIADORES VELHOS E NOVOS DESAFIOS. 2015, Florianópolis, SC. Anais. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1428357432_ARQUIVO_ArtigoSNH2015Historiografia.pdf. Acesso em: 12 out. 2023.
FERNANDEZ, Fatima C. Los medios de difusión masiva en México. Mexico: Juan Pablos Editor, 1982, 330 p.
GOBBI, Maria Cristina. Escola latino-americana de comunicação: o legado dos pioneiros. 2002. Tese (doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2002.GOBBI, Maria Cristina. Panorama da produção de conhecimento em comunicação no Brasil. In: MELO, José Marques de; CASTRO, Daniel; CASTRO, Cosette. (orgs.). Panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil, v. 3, Brasília: Ipea, 2010. Disponível em: https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=16137. Acesso em: 12 out. 2023.
GOBBI, Maria Cristina. Do silenciamento à palavra: mulheres nos estudos em comunicação na América Latina. Portugal: Ria Editorial, 2022.
hooks, bell. Teoria feminista: da margem ao centro. Tradução: Rainer Patriota. São Paulo: Perspectiva, 2019.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora PUC-Rio, 2006.
MALDONADO, A. G. Efendy. Procesos comunicacionales, recepción, educación y transmetodología. In: MALDONADO, A. G. Efendy; BONIN, Jiani Adriana; ROSÁRIO, Nísia Martins (org.). Metodologías de investigación en comunicación: perspectivas transformadoras en la práctica investigativa. Quito-Ecuador: Ciespal, 2013.
MARQUES, Fabrício. A desigualdade escondida no equilíbrio: mulheres conquistam espaço na carreira científica no Brasil, mas obstáculos no acesso a algumas áreas são desafio. Pesquisa Fapesp. São Paulo, ano 21, n. 289, mar. 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/a-desigualdade-escondida-no-equilibrio/. Acesso em: 12 out. 2023.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
MELO, José Marques de. Aula Magna do ano letivo 2012, proferida em Bauru (SP), a convite da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação – FAAC – da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), por iniciativa dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Comunicação e TV Digital, 2012.
MELO, José Marques de. Teoria da comunicação: paradigmas latino-americanos. Petrópolis: Vozes, 1998.
MUZART, Zahidé Lupinacci. Uma espiada na imprensa das mulheres no século XIX. Revista de Estudos Feministas. Florianópolis, v. 11, n. 1, p. 225-233, jan./jun.2003. DOI https://doi.org/10.1590/S0104-026X2003000100013. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2003000100013/8720. Acesso em: 12 out. 2023.
PIEDADE, Vilma. Dororidade. São Paulo: Nós, 2019.
QUEIROZ, Christina. O gênero das ciências: diálogo com teorias feministas abre novas frentes de investigação em distintas áreas do conhecimento. Pesquisa Fapesp. São Paulo, ano 21, n. 289, mar. 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/o-genero-da-ciencia/; Acesso em: 12 out. 2023.
RIVERA, Marta Colomina de. El huésped alienante: un estudio sobre audiencia y efectos de las radio-telenovelas en Venezuela. 2. ed. Maracaibo: Univ. Zulia, [1968] 1974.
ROSALDO, Michelle Zimbalist; LAMPHERE, Louise. A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
SCOTT, Joan. [1989] Gênero: uma categoria útil de análise histórica.. Educação & Realidade. v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995 Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721/40667. Acesso em: 12 out. 2023.
TAVARES, Camilla Quesada; MASSUCHIN, Michele Goulart; SOUZA, Leila Lima de. A quem recorremos quando falamos sobre gênero na Comunicação? Aspectos de colonialidade e decolonialidade a partir da bibliografia utilizada na pesquisa da área. Comunicação, mídia, consumo. São Paulo, v. 18, n. 51, p. 36-59, jan./abr. 2021. DOI https://doi.org/10.18568/cmc.v2i4.36. Disponível em: https://revistacmc.espm.br/revistacmc/article/view/36/pdf. Acesso em: 12 out. 2023.
TUFTE, Thomas. Estudos de Mídia na América Latina. Comunicação & Sociedade. São Paulo, n. 25, p. 21-47, 1996. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/CSO/article/view/8017/6735. Acesso em: 12 out. 2023.
VERGÈS, Françoise. Le ventre des femmes: capitalisme, racialisation, féminisme. Paris: Albin Michèl, 2017.
VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. Tradução: Jamille Pinheiro Dias e Raquel Camargo. São Paulo: Ubu, 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Os direitos autorais serão atribuídos automaticamente a Revista Estudos da Condição Humana quando publicados.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
